9 de out. de 2014

P1 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

 

1) HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

- TRAÇO-FATOR  - ABORDAGEM PSICOMÉTRICA:

• Frank Parsons, 1908: "No processo de escolha vocacional há três fatores envolvidos: (1) uma clara compreensão de si mesmo, de suas aptidões, habilidades, interesses, ambições, recursos, limitações e suas causas; (2) um conhecimento das necessidades e condições de sucesso, vantagens e desvantagens, compensação, oportunidades e perspectivas em diferentes áreas de trabalho; (3) avaliar a relação entre estes dois grupos de fatos." Parsonsdesenvolve os princípios, mas não tinha os instrumentos. Encontrar o melhor lugar para a pessoa de acordo com as condições dela e do mercado.   Psicometria como uma técnica. Parsons contemporâneo com o movimento fordista/taylorista: homem certo no lugar certo; estudo dos interesses, aptidões e personalidade. (Primeira década do Século 20)

 

• Teste vocacional – não existe este termo, é errado!!!

 

• Exemplo de processo: 
1) Inventário de Interesses; Bateria de Aptidões EspecíficasTeste de PersonalidadeTeste de Inteligência (FATOR G)
2) Perfil profissiográfico: características que uma profissão exige da pessoa.
3) Comparar o 1 e o 2 passos e relacionar os dois para encontrar uma ou mais profissões possíveis. Após isto, deve-se redigir um laudo, indicando um grupo com várias carreiras as quais o paciente pode se interessar e se dar bem à Entrevista devolutiva: muitas vezes é frustrante para o cliente, pois indica, na maioria das vezes, mais de uma profissão. 

 

 

• Tipologia:
• Junguiana MBTI/QUATI: 

EXTROVERSÃO (E) / INTROVERSÃO (I)

INTUIÇÃO (N) / SENSAÇÃO (S)

SENTIMENTO (F) / PENSAMENTO (T)

PERCEPÇÃO (P) / JULGAMENTO (J)

• Holand SDS – Self Directed Search: resultados em um octágono, com vários perfis: realista, investigador, artístico, social, empreendedor... 
• Teste de Fotos de Profissões - BBT

 

1) Seleção e orientação
2) Bateria de orientação profissional
3) Entrevista – anamnese (BPRS)
4) Bateria de aptidões (IFP, QUATI, HTP)
5) Inventário de Interesses
6) Teste de Inteligência (fator G; RAVEN)
7) Teste de Personalidade
8) Perfil profissiográficos
9) Entrevista devolutiva

 

 

 

1) ABORDAGEM CLÍNICA EM ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Bohoslavsky – situações que as pessoas passam: 

• Predilemática: ansiedade confusa
• Dilemática: confusa, mas já faz a distinção entre eu e outro
• Problemática: ansiedade persecutória, pessoa se sente pressionada
• Resolução: ansiedade depressiva: o problema não é escolher e sim deixar de escolher. Elaboração de um luto: pelo profissional que não vai ser e não só pela área de interesse à o indivíduo vai poder continuar tendo contato com a área. 
• Para Bohoslavsky, a orientação profissional só poderá acontecer no momento de crise do indivíduo. 

Modalidade Clínica:

• Crise do modelo estatístico;
• Proposta desenvolvimentista não prosperou no Brasil;
• Descontinuidade e ruptura educacional: idas e vindas dos indivíduos, difícil recorrer acontinuidade do indivíduo brasileiro;
• Modelo desenvolvido para a crise: cria o modelo clínico. 
• Rodolfo Hugo Bohoslavsky  queria criar uma tecnologia para fazer a orientação e uma teoria para explicar as escolhas profissionais: tecnologia e teoria. Psicoprofilaxia: prevenção para o indivíduo não fazer uma escolha errada. 
• Ele adota como modelo a Psicanálise Kleiniana, Psicoterapia do Ego, Existencialismo
• Vinda para o Brasil em 1975, trazido por Magui
• A estratégia Clínica X O Vocacional
• Curso 1975
• Formula sua teoria baseada nos conceitos de identidade ocupacional e identidade vocacional: 
• Identidade Ocupacional: 

IO – "autopercepção ao longo do tempo em termos de papéis ocupacionais"

Ocupações – nomes com os quais se designam expectativas, que têm os demais Indivíduos, em relação ao papel de um indivíduo

Papel – seqüência estabelecida de ações aprendidas, executadas por uma

Pessoa em situação de interação

Motivações externas. 

 

• Identificações são a base da identidade – têm caráter defensivo; Identidade ocupacional é construída a partir de: identificações sexuais;  Identificações familiares (positivo ou negativo); grupo de pares (sempre positivo, sempre igual ao grupo); gênese do ideal do ego (imagem ideal que se faz de si próprio e é expresso em várias escolhas); outras identificações podem ser relevantes. Identificações: têm um caráter de imitação e defesa, defesa do próprio grupo à ao se identificar, ele entra em um grupo e se defende, se protege das pessoas do grupo e de pessoas de outros grupos. 

 

• Identidade Vocacional:

Motivações internas

Toda escolha vocacional é reparatória

Reparação de objeto interno danificado

Objeto danificado chama ego para reparação - Ex: medicina, nutrição, arquitetura

Pseudoreparações: maníaca (não lida com depressão, nega perda), compulsiva (rigidez, nada é bom o suficiente para mim, ataque ao objeto), melancólica (não sou bom para nada, auto-destruição). 

Luto e escolha profissional: escolha pode ser feita para lidar com a perda

As escolhas podem ser conscientes ou não. 

 

• Momentos do processo Clínico de Orientação Vocacional: 
1) Formato: Grupal (5 sessões de 3 horas); Individual (10 a 12 sessões de 1 hora); Formatos alternativos – workshops, condensado, institucional; 
2) Diagnóstico: Individual: Duas ou três entrevistas, abordam-se diversos aspectos:  situações pela qual passa (pré-dilemática, problemática, resolução), relacionamento familiar e com outros grupos, vida escolar, projetos de futuro, escolhas mencionadas, entrevista com pais
3) IntervençãoIndividual: A partir do diagnóstico proposta de trabalho é realizada,              Diagnóstico – Foco – Enquadre
4) Encerramento e 5Acompanhamento: Individual: Construção de escolha mais autônoma; Produção de projeto profissional; Reconstrução das representações sobre si mesmo e sobre as profissões; Reunião com pais; Acompanhamento posterior

 



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